Uma temporada manchada na história da Raposa, preenchida de desapontamentos e dissabores. O ano de 2019 foi retratado assim. O Cruzeiro, que ostentava o selo de nunca ter sido rebaixado, não resistiu a problemas extracampo, iniciou o ano com um investimento pesado, onde era o atual campeão da Copa do Brasil (2018) e 8º colocado do Brasileirão, em que a promessa para o ano seguinte era de mais taças, teve um fim trágico, com o maior arrombo financeiro e político da instituição, decretando o 1º rebaixamento do clube Celeste para a Série B.
Temporada 2019
Com expectativas altas, o Cruzeiro iniciou a temporada com uma situação inesperada: Giorgian de Arrascaeta, um dos grandes nomes prestigiados na conquista da Copa do Brasil, não se apresentou na Toca da Raposa II, no qual já estava fechado com o Flamengo.
Com o acerto do meia com o clube Carioca, Cabuloso investiu mais pesado e trouxe o meia Rodriguinho, laterais Dodô e Orejuela e o atacante Pedro Rocha para brigar por todos os títulos possíveis.
Pelo campeonato mineiro, arrasadores. Campeão invicto sobre o Galo e pela Libertadores, segundo melhor time na fase de grupos, levando apenas dois gols em seis partidas. Antes da primeira derrota, foram 16 vitórias e cinco empates nas 21 partidas disputadas. No dia 27 de abril, contra o CRF pela 1º partida do Brasileirão, 3 a 1 para o Rubro-Negro.
Com péssimos resultados, eliminação na Libertadores nas oitavas para o River Plate nos pênaltis (4 a 2 para os argentinos), a situação nos bastidores se agravava com apurações de denúncias e falsificações de documentos vindo da diretoria Cruzeirense. O caldo escorreu de vez quando o salário de todos os setores atrasou, resultando demissão de Mano Menezes, demitido após o primeiro jogo contra o Inter pela Copa do Brasil e Rogério Ceni assumindo, que mesmo fazendo uma estreia ótima vencendo o Santos (líder naquela altura), não teve todo apoio do elenco e foi demitido, totalizando oito jogos. Brigas e pressão interna entre torcedores, dirigentes e jogadores, Perrella, nome forte na história da Raposa, volta para ser o salvador da pátria, mas sem sucesso, foi demitido.
O time estrelado, fortíssimo no papel, base campeã nos anos anteriores, foi mostrando péssimos rendimentos e terminou o ano desastroso: Falhou nas cinco últimas partidas, somou 36 pontos, com 7 vitórias, 15 empates e 16 derrotas, 17º na tabela e Serie B decretada.
Temporada 2020
Com pouca experiência na segunda divisão, a Raposa mergulhou em dívidas, beirando o fundo do poço. No ano em que completou 99 anos, o Cruzeiro não se classificou para as finais do estadual e decepção na primeira Série B: 11º colocado, correndo riscos de rebaixamento para a C, totalizando 49 pontos, 14 vitórias, 13 empates e 11 derrotas, Pela Copa do Brasil, eliminação para o CRB na 3º fase, perdendo o jogo da ida por 2×0 e empatando o jogo de volta 1×1 em Maceió.
Com 5 treinadores no comando, velhos conhecidos como Felipão, Ney Franco, Adilson Batista e Enderson Moreira, fizeram no total 54 jogos, 21 vitórias, 18 empates e 15 derrotas – 62 gols feitos e 48 sofridos.
Abaixo, o retrospecto dos treinadores:
- Felipão – 21 jogos
- Adilson Batista – 12 jogos
- Enderson Moreira – 12 jogos
- Ney Franco – 7 jogos
- Célio Lúcio – 2 jogos
Temporada 2021
No ano do Centenário, o Cruzeiro seguiu na mesma linhagem, em alguns momentos beirando o absurdo, ficando em 14º na tabela, somando 18 vitórias, 21 empates e 16 derrotas, 59 gols feitos e 55 sofridos, cinco pontos da Série C. O cruzeiro também foi eliminado para a Juazeirense no pênaltis pela Copa do Brasil do ano em questão.
Com isso, o Cruzeiro no ano de 2021 teve passagem de 3 técnicos na temporada:
- Vanderlei Luxemburgo – 23 jogos
- Felipe Conceição – 19 jogos
- Mozart – 13 jogos
Temporada 2022
O que era tristeza, se tornou alegria. Ronaldo, ídolo do clube, adquiriu 90% do clube no dia 17 de dezembro de 2021. Com uma campanha digna de almanaque, o Cruzeiro venceu a Série B na trigésima segunda rodada, fazendo história na competição e efetivando a volta para a série A. Foram 58 jogos, 35 vitórias, 10 empates e 13 derrotas. Eliminação para o Fluminense na Copa do Brasil.
- Paulo Pezzolano – 58 partidas
