A fase atual do Atlético-MG é uma das piores do clube na história dos pontos corridos, só não sendo pior que a temporada de rebaixamento do clube em 2005. E na noite deste sábado (22), o clube encarou o Grêmio na Arena do Grêmio no Sul do país, e acabou derrotado por 1×0, após ter um gol anulado de forma polêmica.
Ao fim do segundo tempo, em cruzamento do jovem destaque da base atleticana, Alisson Santana, o Galo descontou no placar com gol de Alan Kardec. Porém, o clube alvinegro teve o gol anulado minutos após a marcação, o que gerou revolta no elenco e na torcida do Galo. A justificativa foi um impedimento milimétrico do VAR.
Com a derrota, o time de Felipão chegou a oito jogos sem vencer, sendo cinco empates e três derrotas sob o comando do novo treinador do clube, e continua na busca da primeira vitória com a torcida alvinegra. A derrota fez com que o time seguisse na parte de baixo da tabela e busca reagir no próximo duelo. Após o jogo, o comandante Felipão, que ainda não venceu no comando do Galo, desabafou e criticou a atuação do VAR no duelo.
“Não existe mais futebol no Brasil, pode esquecer. O termo futebol no Brasil não existe mais. Não é choro de perdedor, porque nosso time jogou bem, fez sua melhor partida, mas ainda não conseguimos o resultado que nos dá a possibilidade de dizer que estamos no caminho certíssimo para conseguir aquilo que queremos”.
O comandante falou também sobre a pressão de não vencer e o jejum de vitórias da equipe que já aumentou para oito duelos no Brasileirão.
“Eu não sinto pressão. (Estou) trabalhando todos os dias com os jogadores, eles estão faendo o possível e o impossível para conseguir os resultados. Nós não conseguimos o resultado hoje por detalhes, coisas que acontecem no futebol. Aliás, não é mais futebol, não existe mais o termo futebol. Acabaram com o futebol. Nós jogamos relativamente bem, bem melhor que nos últimos jogos. Acho que estamos no caminho certo. Os jogadores tiveram uma participação muito boa dentro do jogo, embora o resultado não ocorresse. A pressão que existe é de que nós tenhamos essa sequência de jogos pela frente no mesmo nível que tivemos hoje”.
Por fim, Felipão falou o que falta ao Galo para voltar a vencer na temporada e voltou a reclamar da arbitragem, alegando favorecimento ao adversário.
“Falta gol (para o Atlético conseguir a vitória). Aliás, gol não falta, a gente faz o gol. Eu não vou falar do gol. O dia que eu me aposentar, falarei alguma coisa. Vou trabalhar dentro das normas estabelecidas. O Atlético tem uma direção que vai saber se posicionar em termos de arbitragem. Não adianta nada. Hoje, provavelmente o Grêmio tenha sido beneficiado. isso é assim. Infelizmente, são decisões de A ou B, que influenciam nos resultados”.
“É frustrante jogar o que jogamos e sair daqui lamentando. É difícil. A gente trabalha pra caramba, luta, mas o resultado não está vindo. Não temos que abaixar a cabeça. (…) Não tem o que lamentar, é continuar trabalhando, uma hora vai virar. Somos filhos de Deus, somos trabalhadores honestos, não vamos ficar nessa para sempre”.
“Quando não se ganha, sempre tem que render mais. O resultado esconde muitas coisas, apaga muitas coisas. Fizemos um grande jogo, lutando e brigando do começo ao fim e, infelizmente, não conseguimos o resultado positivo. As críticas vão continuar, a pressão vai continuar. Se não tivéssemos jogado nada mas ganhado de 1 a 0, estava todo mundo aqui mostrando os dentes. Futebol é isso. é saber que dias melhores virão, continuar trabalhando e manter a fé”.
Por fim, o camisa 7 e principal nome da equipe falou sobre o gol anulado de Alan Kardec ao fim da partida, que garantiria o empate fora de casa para o time alvinegro.
“Mostraram muito rápido no telão o lance do gol, não deu para ver bem. Só que, quando eu olhei, eu estava do lado do árbitro e falei: ‘professor, olha o calcanhar do defensor, está dando condição’. Ele olhou para mim e balançou positivamente com com a cabeça, e, quando confirmaram o impedimento, ele falou que o cotovelo dava condição. Nunca vi no futebol o cotovelo dar condição. Se foi isso que ele quis dizer, ele foi infeliz”.