Na tarde dessa sexta-feira (05), aconteceu a coletiva de apresentação do Marcelo Sant’Ana como novo diretor executivo de futebol do Vasco, ele esteve acompanhado de Pedrinho e ambos ficaram por mais de uma hora respondendo alguns questionamentos dos jornalistas presentes.
Marcelo iniciou agradecendo pela oportunidade e ainda brincou falando que quer ficar no cargo mais tempo que seus antecessores, algo realmente que chama atenção é que desde final de 2023 o Vasco já tiveram quatro diretores executivos antes de Marcelo Sant’Ana chegar o clube teve nessa posição: Paulo Bracks, Alexandre Mattos e Pedro Martins, que diferente dos dois primeiros não foi demitido ele que pediu para deixar o cargo.
Na primeira pergunta da coletiva, Pedrinho já fez uma revelação dizendo que a A-CAP, empresa que agora administra a 777, não tem mais interesse em seguir com os investimentos no futebol e isso foi discutido numa reunião que aconteceu com dois membros da empresa americana, o presidente vascaíno ainda contou:
Eles (a A-CAP) vieram ao Brasil, tivemos uma reunião muito cordial. Eles não têm interesse em tocar o futebol, obviamente a relação ficou muito melhor. Eles vieram de Chicago, tivemos reunião de duas horas e meia, três horas. Para, obviamente juntos, buscarmos um novo investidor. Para quem dizia que a ação causaria uma instabilidade jurídica, pelo contrário. Ela trouxe uma estabilidade… O clube foi tratado com irresponsabilidade financeira, queremos passar ao mercado interno e externo que o Vasco hoje tem estabilidade para tocar o futebol.
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Com essa situação, a expectativa é que o último aporte esperado para acontecer em setembro no valor de R$270M não aconteça, mas Pedrinho está confiante que apesar dessa situação conseguirá honrar com todos os compromissos (salários, direitos de imagens, luvas e premiações) até o final desse ano. Algo que ele já está fazendo tendo pago algumas dívidas que existiam com atletas desde o ano passado, referente a luvas e direitos de imagens.
Alguns outros temas abordados na coletiva por Marcelo e Pedrinho:
Qual será sua função no clube, trabalhando junto com Felipe:
Como diretor executivo, meu trabalho é mais segmentado. Todos os departamentos têm que funcionar para, no final, os 11 terem o melhor desempenho. O Felipe cuida muito mais do relacionamento dos atletas, dessa parte de pente fino de DNA do Vasco. Eu fico numa parte mais burocrática, contratos, processos, logística… Quando o clube estiver mais estável, poderei estar mais presente no dia a dia. O Felipe tem esse perfil, tem esse feeling do atleta e do mercado também. Entendo que, no momento adequado, temos que fazer investimentos no CT. Tem dois campos de qualidade, que nos atendem nesse primeiro momento, mas tem que ter melhorias. Tem algumas situação que a gente visualiza num médio prazo poder auxiliar o Vasco.
Possíveis posições para serem reforçadas:
(Falar) sobre as posições, você vai me complicar um pouco. O torcedor que acompanha o dia a dia consegue perceber algumas situações, quais são as necessidades. Sempre gostei de usar atletas da base, estimulei os treinadores. Nunca perguntei uma escalação de time, mas sempre sinalizei pra todos os profissionais com quem trabalhei que se houver 50% de chance pra cada, utilize sempre o mais jovem. Se for 51% a 49%, pode usar o que você tem preferência. – Falou Marcelo.
Pontos positivos e negativos, sobre o que encontrou nesses primeiros dias:
O que me chamou a atenção positivamente foi a qualidade e a quantidade dos profissionais da equipe de apoio, das áreas acessórias ao futebol. De maneira negativa, foi a parte de orçamento estar descasada com a capacidade de investimento do Vasco. O Vasco assumiu e não honrou com compromissos. Seja salários, luvas ou comissão. Eu esperava, a partir da implementação de modelo de clube-empresa, que o problema fosse um pouquinho menor. – Falou Marcelo.
Reforma de São Januário:
Tive uma reunião (hoje), e há possibilidade de sair de 47 para 57 mil a capacidade, com ampliação de setor popular. Espero que isso seja confirmado. Temos relações com investidores para compra do potencial construtivo. Temos de ver quem vai tocar a obra. Se isso acontecer até setembro, a gente espera iniciar a obra em dezembro ou janeiro. O prazo é de obra por três anos. Pode bater com o centenário do estádio (que será em abril de 2027). Se der, vamos inaugurar antes, claro.
-Onde (jogar? Queremos ter uma parceria para poder fazer alguns jogos no Maracanã. Poderemos ter parceria com a Portuguesa na Ilha, fazendo algumas reformas lá. Podemos conversar com o Botafogo para atuar no Nilton Santos. E, fora do Rio, dependemos do calendário para amenizar o problema com logística. A torcida do Vasco é gigante, então, podemos atuar em Brasília, por exemplo
Possível Efetivação de Rafael Paiva:
As pessoas precisam ouvir uma posição (sobre treinador). A gente acompanha o dia a dia. Paralelo a isso, temos entrevistas com alguns treinadores, mas eu também acompanho o dia a dia do Paiva e a evolução que a gente tem. Tivemos uma evolução nítida de comportamento, eu não preciso usar uma palavra efetivado para, daqui a pouco, termos um desequilíbrio dentro do campeonato. Eu tenho muita tranquilidade para avaliar as melhores decisões. – Falou Pedrinho.
Efetivado ou não, a realidade é que por enquanto Rafael Paiva continua no comando do Vasco e a equipe já está com foco total se pro jogo desse domingo (07), às 18h, no Beira-Rio, pela 15º rodada do Campeonato Brasileiro.