71 pontos ganhos, 21 vitórias, três derrotas, 48 gols marcados e 17 sofridos, melhor mandante e melhor visitante. Foi o que produziu o Cruzeiro, o campeão com todos os louvores possíveis e que mandou na Série B em 2022.
Se em 2020 e 2021 a Raposa foi chacota mundial, o ressurgimento veio na mesma intensidade, com uma realidade diferente, digna e do tamanho de uma instituição tão grande como a de Belo Horizonte. O esquadrão de Paulo Pezzolano foi campeão com o pé nas costas ditando o ritmo para as outras equipes do campeonato.
As vitórias improváveis de Sampaio Corrêa e Chapecoense, sobre Grêmio e Bahia respectivamente selaram uma campanha soberana do Cabuloso, que agora celebra o almejado título para coroar o trabalho estupendo feito no ano de 2022.
Houve quem ousasse se fazer adversário no caminho estrelado. Foram os casos de Bahia, Vasco e Guarani, os responsáveis pelas três derrotas do Cabuloso na Série B de 2022.
O comandante do Cruzeiro
O comandante do grupo campeão de 2022 atende pelo nome de “‘El Papa” Pezzolano. O uruguaio de 39 anos é continuamente aclamado, amado, adorado e respeitado pela torcida cruzeirense, e é rotulado por alguns como o homem que recuperou a dignidade do futebol cruzeirense. Trabalho impecável, irrevogável e maciço. Profissional competentíssimo e que demonstra imenso carinho e respeito pela China Azul.
O grupo
Capitaneados pelo treinador uruguaio, os jogadores do Cruzeiro tiveram um desempenho sensacional e se destacaram nas suas características. Exemplos de um elenco coeso são o meia Neto Moura, motor do meio-campo cruzeirense e o centroavante Edu, artilheiro da Raposa com 22 gols marcados marcados 2022. Alguns tiveram atuações acima do esperado e, devido a isso, tiveram contratos renovados. Foram os casos do zagueiro Oliveira, comprado do Atlético-GO, Neto Moura adquirido junto ao Mirassol-SP e as renovações de contrato do arqueiro Rafael Cabral e de Filipe Machado.
A diretoria
O Cruzeiro, como sabemos, é dirigido por um dos maiores jogadores de todos os tempos, Ronaldo Fenômeno, que se cercou de profissionais de extrema competência, casos do CEO Gabriel Lima, o diretor de futebol Pedro Martins, e Paulo André, ex-zagueiro cruzeirense e que foi responsável direto pela vinda de Paulo Pezzolano. Esses foram, entre outras coisas, responsáveis por alavancar o plano de sócios, manterem os salários em dia e fazer um time competitivo.
A torcida
Dona da maior média de público da Série B e uma das maiores do país, a China Azul se fez valer e retornou junto com o clube do coração para a elite do futebol.
Plano de sócios, produtos esportivos, bilheteria, todos sucessos absolutos de venda além do absurdo engajamento nas redes sociais. Está mais do que provado que nada pode parar a Nação Azul que demonstra estar cada dia mais apaixonada com o clube Cinco Estrelas.
Uma devoção sem fim ao clube mineiro, após três anos de pandemia, que afastou covardemente o povo azul e branco das arquibancadas do Mineirão. A torcida azul ainda lida com a perda de torcedores símbolo como Pablito, Dona Salomé e tantos outros. O que se pode comprovar acima de tudo é a união de toda a torcida para um Cruzeiro mais forte após anos de calvário. O título está nas mãos da Nação Azul e não poderia estar nas mãos de mais ninguém, vide o que fizeram nas arquibancadas do Mineirão e Brasil afora.