Quebra de tabu: Copa do Mundo masculina terá mulheres na arbitragem pela primeira vez na história

As mulheres serão representadas por seis oficiais de arbitragem na competição que terá duração entre 21 de novembro e 18 de dezembro

O futebol sempre pode ser considerado como o esporte mais intrinsecamente envolvido e espelhado na sociedade. Diariamente vemos a preocupação de quem está diretamente ligado a modalidade esportiva com a globalização e aumento da participação das mulheres em um meio que, em seu âmago, sempre teve uma forte discriminação ao envolvimento do sexo feminino (vide a demora quanto a profissionalização do futebol feminino e alcance do mesmo nas grandes mídias poe exemplo). No entanto, no maior evento ligado ao “esporte bretão” teremos uma grata surpresa: na Copa do Mundo masculina que será disputada no Catar neste ano de 2022, teremos a primeira participação de árbitras e assistentes mulheres.

A catarinense Neuza Ines Back representará o Brasil na primeira Copa do Mundo masculina com participação das mulheres na arbitragem. (Foto: Kin Saito/CBF)

 

A maior competição internacional do futebol e um dos eventos mais aguardados, a Copa do Mundo reúne os melhores jogadores das melhores seleções do planeta. Todavia na modalidade masculina jamais houve qualquer árbitra ou assistente mulher, um tabu que será finalmente quebrado: as árbitras Stephanie Frappart, Salima Mukansanga e Yoshimi Yamashita farão parte do quadro junto com as assistentes Karen Díaz Medina, Kathryn Nesbitt e a brasileira Neuza Ines Back.

 

A francesa Stephanie Frappart, uma das pioneiras na participação de mulheres no futebol masculino. (Foto: reprodução de internet)

 

Como representante das mulheres no quadro de arbitragem da FIFA na competição masculina de seleções, todas já têm vasta experiência em competições no que diz respeito a homens (Frappart foi a primeira mulher a apitar um jogo da UEFA Champions League em 2020, por exemplo).

Por mais que gradativamente o futebol feminino venha ganhando cada vez mais espaço assim como a participação das mulheres árbitras e assistentes no futebol masculino, a participação em uma competição de importância mundial como a Copa do Mundo ilustra que gradativamente o esporte vem perdendo o caráter majoritariamente machista que sempre o cercou, ressaltando assim o paralelo de evolução de mentalidade não só do esporte como da sociedade como um todo.

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