O “Oasis” azul de Manchester

Inegavelmente, o Manchester City é um dos clubes mais tradicionais da Inglaterra. Com o título inglês encaminhado e a inédita final de Champions League, consolidam-se no panteão dos grandes esquadrões da Terra da Rainha. Ainda assim, frequentemente, julgam os “cityzens” como pequenos e de trajetória recente. Porém, isso está mudando.

Conforme o clube despontava no cenário nacional, a partir da aquisição do grupo Abu Dhabi United, dos Emirados Árabes, vinha à tona a grande quantidade de troféus da “segundona”, na qual o lado azul de Manchester angariou sete vezes. Decerto, é um motivo de chacota para os rivais ingleses, mas, com um tricampeonato nacional nos últimos 4 anos, liderado por Pep Guardiola, alcançaram, com sucesso, o púlpito das camisas pesadas do país. Há quem duvide.

Outro patamar na Inglaterra

O crescimento foi abrupto, marcado por ótimos elencos e forte investimento. Consequentemente, os frutos foram sendo colhidos. Na temporada 2011-12, obtiveram o primeiro troféu da Premier League e, de quebra, acabaram com um jejum que perdurava mais de quatro décadas – desde 1968 não conquistavam a primeira divisão. Daí em diante, vieram outras 3 taças da elite inglesa, 2 Copas da Inglaterra, 6 Copas da Liga e 3 Supercopas. Notório domínio. A pretensão, agora, é ultrapassar as fronteiras locais e expandir o sucesso à Europa.

A eliminação para o Real Madrid, na semifinal da Liga dos Campeões, em 2016, era a melhor marca da equipe no torneio. Naquela edição, a queda ante os merengues soou como o limite de um sonho. As posteriores derrotas, na competição continental, freavam o ímpeto do favoritismo, tendo as quartas de final como maior inimiga do desejado triunfo. Agora, alcançado o primeiro passo, que era chegar à decisão, uma nova epopeia poderá ser escrita. Todavia, precisam, antes de mais nada, superar o excelente Chelsea de Tuchel, Kante e a primorosa zaga, em busca da glória regional.

Qualificação do elenco

Definitivamente, o elenco do Manchester City é um dos melhores do Mundo – quiçá, o melhor. O sistema defensivo dificilmente preocupa o torcedor, graças a segurança passada pelo goleiro Ederson e a dupla de zagueiros Rúben Dias e Stones. Zinchenko e Walker, laterais esquerdo e direito, respectivamente, tomam conta da posição, sem esquecer da importância que o João Cancelo desempenhou nesse setor. Fernandinho, na volância, exerce seu papel de líder e ídolo, mas, de uns tempos pra cá, deu lugar ao Rodri. Ainda pelo meio, Gundogan, artilheiro da equipe, e o português Bernardo Silva, que ora faz o papel de “falso 9”, dão as caras e o talento. No ataque, Mahrez, decisivo contra o PSG, De Bruyne, também como falso centroavante, e Phill Foden atuam cirurgicamente, balançando a rede. Para terminar, Aguero, Sterling e Jesus ficam como opção ofensiva, saindo do banco.

Em síntese, graças a essas peças, tem-se um clube extremamente forte e competitivo, liderado pelo vitorioso Guardiola. Uma sintonia mais resistente que a dos irmãos Gallagher.

 

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