Técnica da França é demitida faltando cinco meses para Copa

Corinne Diacre já balançava no cargo há semanas em meio à polêmica com jogadoras

A Federação Francesa de Futebol (FFF) confirmou, nesta quinta-feira (9), a saída da técnica Corinne Diacre da seleção feminina às vésperas da Copa do Mundo. Três jogadoras, incluindo a capitã, já haviam comunicado a desistência de disputar o Mundial caso a situação interna da seleção permanecesse a mesma. Agora, a França vive a incerteza sobre quem vai dirigir a equipe na Austrália e na Nova Zelândia.

No comunicado oficial, a Federação da França afirmou que a ruptura entre jogadoras e a técnica parecia irreversível e era prejudicial aos interesses da seleção. A decisão foi tomada depois que o Comitê Executivo da FFF, formado por 12 integrantes, se reuniu nesta quinta-feira. Antes, Diacre já havia se pronunciado quanto ao caso.

“Em vista da vergonhosa explosão da mídia nos últimos dias, desejo reafirmar publicamente que estou totalmente determinada a cumprir minha missão e, acima de tudo, honrar a França na próxima Copa do Mundo. Meus detratores não hesitaram em atacar minha integridade pessoal e profissional sem se preocupar com a verdade”, declarou a treinadora na ocasião.

Embora as jogadoras não tenham citado diretamente o nome de Diacre, houve um movimento para sua demissão. Wendie Renard, capitã da seleção, tinha afirmado publicamente no dia 24 de fevereiro que não poderia mais “endossar o sistema atual, longe dos requisitos exigidos pelo mais alto nível” e portanto não entraria mais em campo pela França. Ainda no mesmo dia, as atacantes Marie-Antoinette Katoto e Kadidiatou Diani também anunciaram a saída da equipe. Posteriormente, as jogadoras Griedge Mbock e Perle Morroni se juntaram às outras três.

No comando da França há seis anos, Diacre já acumulava problemas internos com jogadoras importantes, como a goleira Sarah Bouhaddi, a volante Amandine Henry e a atacante Eugenie Le Sommer. Elas passaram a não ser mais convocadas pela treinadora mesmo com um bom desempenho em seus clubes.

Apesar da ruptura com as jogadoras, a demissão de Diacre só foi possível porque seu principal apoiador na federação, Noël Le Graët, deixou seu cargo na presidência no fim de fevereiro. Ele havia sido acusado de assédio moral e sexual, mas a gota d’água foram seus ataques a Zinedine Zidane.

A França está no mesmo grupo do Brasil na Copa do Mundo, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia entre 20 de julho e 20 de agosto. As duas seleções vão se enfrentar no dia 29 de julho, pela segunda rodada do Grupo F.

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