No primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, o Flamengo venceu o Fluminense por 2 a 0 com gols de Ayrton Lucas e Pedro.
Mas, antes da bola rolar no gramado do Maracanã, a escalação titular de Vitor Pereira chamou atenção. Isso porque o treinador Rubro-Negro optou começar com Gabriel no banco.
O questionamento não se deu apenas pelo fato do camisa 10 ser um jogador central no elenco do Flamengo desde que chegou ao clube em 2019, mas também pela capacidade decisiva da Gabriel.
No entanto, a situação fez sentido depois da vitória Rubro-Negra no clássico que deu uma vantagem considerável ao time em relação aos rivais na disputa pelo título estadual. Em entrevista após a partida, o camisa 10 do Flamengo revelou que pediu ao técnico para voltar a jogar na sua posição de origem: como centroavante.
É sempre estranho ficar no banco, mas no penúltimo treino falei com o Vítor. Falamos sobre algumas coisas, foi uma conversa clara. Eu falei que queria voltar à minha posição natural, que é centroavante. Enquanto eu pude ajudar o time na posição, um pouco mais recuado, eu ajudei. Mas com esse esquema de três zagueiros, com os times jogando mais por fora, eu optei por voltar à minha posição. E aí eu disputo com o Pedro. E ele optou pelo Pedro, disse Gabriel na zona mista.
Com a chegada de Dorival Junior na temporada passada, Gabigol atuava ao lado de Pedro no ataque, mesmo que a dupla de atacantes exercesse funções táticas diferentes.
Ainda assim, é nítida a diferença em relação ao papel que o camisa 10 vêm fazendo desde a chegada de Vitor Pereira. Algo que o jogador também comentou com a imprensa após a partida no sábado:
Nesse esquema, a gente joga com só um atacante na frente. No do Dorival, era diferente para mim, mas tinha dois. Eu recuava mais. Já era um pouco desconfortável, entre aspas, mas a gente foi campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. E eu fui importante assim como o time. Mas nesse esquema eu optei por isso e foi opção dele.
Processo de recuperação
Além da questão posicional, Gabigol comentou sobre o desconforto que vem sentindo no adutor desde a disputa do Mundial de Clubes em fevereiro.
Sendo assim, o camisa 10 aproveitou as semanas sem jogos por conta da pausa para o futebol de seleções para tratar da sua lesão e também trabalhar na sua condição física.
Claro que a semana passada pesou um pouco, eu vim machucado desde o Al-Ahly, no adutor, vim carregando isso. Zerei a dor, trabalhei na semana melhor. Agora tem amanhã e segunda-feira para ver se as minhas dores vão diminuir para poder viajar e poder ajudar o time, disse o jogador do Flamengo.
Apesar da dúvida levantada pelo próprio Gabriel, é muito provável que ele viaje com a equipe para Quito, no Equador, para estreia do Flamengo na Copa Libertadores diante do Aucas.
