Como estão os gigantes na Série B repleta de tradicionais do futebol brasileiro?

A Série B de 2021 é marcada pela quantidade de campeões brasileiros da Série A (5 clubes). Um quarto dos clubes, com 12 títulos da elite distribuídos, mais os famosos médios que sempre disputam o acesso e ainda, pela primeira vez na história, a segundona conta com a participação de três dos doze integrantes do G12, os chamados gigantes do futebol brasileiro, no caso Botafogo e Vasco, que caíram em 2020, e o remanescente Cruzeiro, que caiu em 2019, mas devido a imensa crise que toma conta dos bastidores do clube, não conseguiu o acesso quando disputou sua primeira Série B da história, em 2020, e que, em pleno centenário, disputa sua segunda Série B consecutiva.

A Série B mais desafiadora de todas

Numa série B em que contamos com a participação de tantos times importantes e de tradição na elite do futebol brasileiro, a expectativa seria de uma luta particular dos gigantes pelo acesso à Série A 2022, mas o que estamos assistindo é o Coritiba, um dos grandes campeões brasileiros, lutar pelo acesso sem sustos. É o líder isolado da competição com 45 pontos e duas vitórias a mais sobre o segundo colocado Goiás, que possui 42 pontos. Logo em seguida vemos, enfim, um dos gigantes do futebol brasileiro. O Botafogo depois de certa instabilidade na competição, se consolidou no tão cobiçado G4, garantindo um respiro entre os quatro postulantes do grupo de acesso à elite em 2022, pois tem 41 pontos, 4 à frente do 5º colocado Avaí, que sempre é um time que traz complicações na Série B, sendo um time cascudo na competição e que sempre luta pelo acesso.

Fechando o G4, ainda contamos com o CRB com 40 pontos, que em certa parte do campeonato chegou a disputar a liderança da segundona com o Coxa Branca, mas que perdeu um pouco do fôlego, perdendo sua primeira na Série B, e em casa, consequentemente perdendo a incrível marca de 11 jogos de invencibilidade, para o embalado esmeraldino de Goiânia, um dos medianos do futebol brasileiro, mas que sempre leva perigo, independentemente da competição que disputa, chegando inclusive a uma final de Sulamericana, sendo derrotado nos pênaltis pelo Independiente de Avellaneda, na edição de 2010.

Elite sendo desafiada

Temos também o Guarani de Campinas, um dos campeões da elite brasileira, que há muito tempo não disputa a Série A, mas que costuma fazer uma Série B lutando, tirando pontos dos concorrentes e que hoje ocupa a sexta colocação, com os mesmos 37 pontos do Avaí, 3 a menos que o CRB, último integrante do G4, seguidos de Sampaio e Náutico com 35, e Operário com 33.

Temos o Vasco da Gama na décima posição, clube tetracampeão brasileiro, campeão da Libertadores e da Copa do Brasil, mas que, além de estar disputando sua quarta Série B, não consegue regularidade na competição atual onde está com 32 pontos, oito de diferença para o quarto colocado. O time de São Januário ainda demitiu Lisca, que em 2020 havia chegado a uma Semifinal de Copa do Brasil, sendo eliminado pelo campeão Palmeiras e garantido o acesso do América, disputando o título com a Chape até a última rodada, mas que não vinha de regularidade com a equipe e na falta de bons resultados, acabou sendo substituído pelo também folclórico Fernando Diniz.

Ainda temos o Remo de Felipe Conceição com 30 pontos na 11ª posição, seguido pelo CSA, que sacramentou a volta de Mozart Santos, técnico que deixou o azulão na 5ª colocação da Série B 2020, mas que não conseguiu regularidade nem na Chape e nem no Cruzeiro, onde acabou dando lugar a um dos maiores técnicos do futebol brasileiro, Vanderlei Luxemburgo.

Cenário quase irreversível

Na 13ª colocação com 29 pontos temos o Cruzeiro. Dos gigantes integrantes do G12, o clube mineiro é o único remanescente da competição e, por já ter disputado a segundona em 2020, tendo sofrido bastante na competição, com diretores, técnicos e jogadores, trocas equivocadas e grande crise financeira, o clube adotou uma postura diferente nas contratações, mas o planejamento caiu por terra e o clube foi obrigado a trazer Luxa, assim como em 2020 trouxe Felipão para o comando técnico, para tentar ainda a difícil tarefa que é o acesso.

Mas devido a grande quantidade de empates, o time possui 11 ao lado do Vitória, sendo os que mais empatam nesta Série B. A situação do Cruzeiro é bastante complicada, e precisaria fazer o que ainda não fez nas duas edições da segundona para chegar ao G4, tendo que emendar uma sequência de vitórias e torcer para tropeços dos adversários da parte de cima da tabela para que consiga, nas 16 rodadas seguintes, tirar uma diferença de 11 pontos para o 4º colocado CRB, tarefa bastante complicada, mas que ainda é apontada como possível pelo clube. Após o Cruzeiro, ainda temos Brusque , Vila Nova e Ponte Preta. Estes são uns dos que costumam dar trabalho e tirar pontos dos que disputam, com 27, 26 e 25 pontos respectivamente.

Enfim, temos o Z4 da Série B, a famosa zona de rebaixamento para a Série C de 2022, e nela contamos com o Vitória, time de tradição, que possui vices da Copa do Brasil e Brasileiro, mas que há bastante tempo figura na segundona e está na 17ª colocação com 23 pontos. Por fim, temos o Londrina na 18ª com 21 e os quase rebaixados, em situações complicadas, Brasil de Pelotas com 16 e o lanterna Confiança, que conta com apenas 14 pontos, após o final da 23ª rodada, faltando ainda 16 rodadas para o final da competição.

 

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