“Fomos a melhor equipe e pronto.” Assim, Vítor Pereira resumiu a atuação de sua equipe na goleada por 4 a 0 diante do Santos pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Para quem assistiu ao jogo, pouco há de se discutir.
Como foi o jogo?
Logo aos dezoito minutos de partida, o Timão teve sua primeira grande oportunidade. Após boa triangulação no lado direito, Mantuan cruzou rasteiro para Róger Guedes na entrada da pequena área e o atacante, sozinho, isolou. Mal deu tempo de lamentar a chance perdida e o Corinthians já abriu o placar. Um minuto depois, Piton cruzou para Mantuan, que finalizou no canto de João Paulo para colocar o Corinthians em vantagem.
Aos 27 minutos, Fagner cruza para Du Queiroz, que finaliza. A bola resvala em Giuliano e morre no fundo das redes. Aos 42, mais um gol. Em escanteio pelo lado direito de ataque, Willian faz o levantamento e Raul Gustavo cabeceia forte no canto.
Se o jogo estava tranquilo para Marcelo de Lima Henrique, o árbitro carioca conseguiu se complicar logo no início da segunda etapa. Aos 9 minutos, Kaiky dá um carrinho dentro da área e Róger Guedes se atira no gramado. Sem hesitar, Marcelo aponta para a marca da cal. Daiane Caroline Muniz dos Santos, responsável pelo VAR, chama o árbitro para rever o lance, e este conclui que o atacante do Corinthians pisa no pé do zagueiro santista, anulando, portanto, a penalidade.
A decisão mexe com os ânimos do Santos e, cinco minutos depois, Zanocelo acerta cotovelada no rosto de Piton. Após consultar o VAR, Marcelo de Lima Henrique manda o meia para o chuveiro. Com um a menos até o final do jogo, o Santos busca se fechar, mas ainda leva mais um gol. Aos 31 minutos, a bola sobra no meio da área para Giuliano, que acerta o ângulo de João Paulo. Ainda dá tempo do time da Vila tentar seu gol de honra. Pouco depois do 4 a 0, Marcos Leonardo sai cara a cara com Cássio, mas para em grande defesa do goleiro.
Análise
No melhor jogo sob o comando de Vítor Pereira, o Corinthians merece um “10” do goleiro ao atacante. Os laterais, Piton e Fagner, foram seguros defensivamente e apareceram bem no ataque. Cantillo recuperou ótimas bolas no meio, Du Queiroz e Giuliano sempre que pisaram na área levaram perigo. Willian soube como poucos atrair a marcação para si e encontrar seus companheiros livres, e assim tramou os dois primeiros gols. Mantuan foi agudo alternando entre o lado direito e o esquerdo. Raul Gustavo fez, junto com João Victor, uma marcação forte e, na única bola que passou pela dupla de zaga, Cássio estava lá para defender.
No Santos, por outro lado, Fabián Bustos abreviou: “Eu tinha que tirar os 11 (no intervalo). Todos, menos Marcos Leonardo e João Paulo.”
