Representantes da FIFA receberam, em Zurique, nesta segunda-feira, uma delegação da Anistia Internacional, organização não governamental que defende os direitos humanos, para discutir a situação dos trabalhadores imigrantes nos preparativos para a copa do Catar.
Nos últimos anos, a Anistia Internacional já vinha fazendo alguns comunicados a respeito das condições precárias dos trabalhadores imigrantes nas obras no Qatar.
No encontro, a Anistia Internacional deverá entregar uma nova petição à Fifa, que concordou que vai conversar para ajustar os pontos a serem melhorados.
Segundo reportagem do jornal inglês “The Guardian”, publicada em fevereiro do ano passado, no mínimo 6,5 mil trabalhadores imigrantes morreram no Catar desde novembro de 2010.. Na época, o comitê organizador local declarou que haviam sido 37 mortes, sendo 34 classificadas como “não trabalhistas”.
— Nós recebemos muito bem o engajamento da Anistia Internacional e estamos sempre abertos para discussões construtivas e transparentes, além de levar qualquer preocupação aos nossos parceiros. Continuamos totalmente comprometidos em garantir a proteção dos trabalhadores envolvidos com a entrega da Copa do Mundo — disse o chefe de Responsabilidade Social e Educação da Fifa, Joyce Cook, em nota.
A próxima Copa do Mundo será realizada entre os dias 21/11 e 18/12, além do país anfitrião, outras 14 seleções já garantiram vaga para o torneio, o último a ser disputado com 32 participantes.
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